segunda-feira, 16 de maio de 2016



SEJAM BEM-VINDOS



     Caro leitor, você encontrará aqui textos filosóficos, sociológicos, antropológicos e demais conceitos que, alcancem o ser humano em sua integralidade, para desenvolver e propor reflexões em âmbito escolar e social.
       Além disso, os textos aqui mencionados e discutidos terão total imparcialidade, no que tange aos variados assuntos, de que trata os termos acima referidos e outros que vierem a ser utilizados pelo responsável. 
       Quero com isto dizer que, este é um espaço público e, por isso é administrado por meio de responsabilidade ética e compromisso com as instituições educacionais, assim como também o respeito e a valorização da pessoa humana em sua individualidade de acordo com os seus variados contextos. 

      Desde já agradeço a sua visita e cordial atenção.
       
     


AUTOCONSCIÊNCIA - CARACTERÍSTICA SINGULAR DO HOMEM
       
          Esta autoconsciência, esta capacidade para ver-se do exterior é a característica distintiva do homem[...].
        [...]Mas na verdade a autoconsciência é a origem das mais altas qualidades humanas. Existe na capacidade de se distinguir entre "eu" e o mundo e proporciona ao homem o talento de suspender o tempo, que é a aptidão para sair do presente e imaginar-se na véspera ou no dia seguinte. Assim, os seres humanos podem aprender com o passado e planejar o futuro. O homem é, portanto, um mamífero histórico no sentido em que é capaz de sair de si mesmo e contemplar sua história, influenciando assim seu desenvolvimento como pessoa e, em menor extensão, a marcha dos acontecimentos em seu país e na sociedade como um todo. A autoconsciência existe sob a aptidão humana para usar símbolos, isto é, desligar algo do que ele é, como os dois sons que constituem a palavra "mesa", convencionando que servirão para toda uma classe de objetos. O homem pode, portanto, pensar em abstrações, como "beleza", "razão" e "bondade".
       Esta faculdade da autoconsciência lhe confere o talento de ver-se a si mesmo como os outros o veem e sentir empatia. existe ainda sob a notável aptidão para transportar-se até a sala de alguém, onde na realidade só se encontrará na semana seguinte, e em imaginação planejar sua maneira de agir. Permite que a pessoa se coloque no lugar de outra e imagine como se sentiria e o que faria se fosse ela. Por pior que se use, deixe de usar, ou mesmo abuse desta aptidão, ela constitui os rudimentos da capacidade para amar ao próximo, ter sensibilidade ética, considerar a verdade, criar a beleza, dedicar-se a ideais e morrer por eles, caso necessário".

FONTE: MAY, Rollo. O Homem à procura de si mesmo. 14ª ed. Rio de Janeiro: Vozes, 1971. p. 69-97.